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Prevenção da Leucemia é foco do fevereiro Laranja
28/02/2023

Depois do Fevereiro Roxo, de prevenção de doenças em animais idosos, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) traz agora um alerta sobre a Leucemia em cães e gatos, durante o Fevereiro Laranja. 


A médica-veterinária do Setor de Oncologia Veterinária do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV – UFRGS), Luciana Oliveira, explica que a Leucemia é um câncer de células da medula óssea, que pode ter apresentação aguda ou crônica. “A forma aguda é mais grave. Não existe predisposição de raça, idade ou sexo”. As causas são desconhecidas, alguns estudos sugerem associação a fatores genéticos e exposição a radiações ou agentes químicos”, diz Luciana.


A maioria dos gatos com leucemia são portadores do vírus da leucemia felina (FeLV). O FeLV está relacionado principalmente ao desenvolvimento de linfoma e leucemia aguda e pode ser evitado com vacinação, a chamada quíntupla felina. 


Os sinais clínicos da Leucemia aguda são inespecíficos, sendo os mais são apatia e anorexia (animal não se alimenta). Os pacientes também podem apresentar anemia, febre, diarreia, vômitos e perda de peso. O diagnóstico inicia pelo hemograma, seguido por outros exames para confirmar e estabelecer em que fase de progressão a doença se encontra. “A Leucemia aguda é tratada com quimioterapia. Existem vários protocolos disponíveis para o tratamento. Devemos avaliar a eficácia no controle da doença e a aceitação do tratamento pelos pacientes, pois existe o risco de ocorrência de efeitos adversos”, acrescenta Luciana. 

 

A Leucemia aguda em cães e gatos é uma doença de curso rápido e agressivo e os pacientes nem sempre respondem bem ao tratamento. O prognóstico ruim e a média de sobrevida é inferior a dois meses.


Já a leucemia crônica é bem menos agressiva e mais comum em animais adultos e idosos. Alguns estudos sugerem ser mais comuns em fêmeas. Algumas raças caninas podem ter predisposição, como o Bulldog Inglês.


“Nem sempre apresenta sintomas, alguns animais podem ser diagnosticados em exames de rotina ou quando são avaliados para tratamento de outras doenças. Quando existem, os sintomas são inespecíficos, como emagrecimento progressivo, apatia ou perda de apetite. Pode haver aumento de linfonodos periféricos”, diz a médica-veterinária. 


O diagnóstico inicia pelo hemograma, seguido por outros exames para confirmar e estabelecer em que fase de progressão a doença se encontra. É importante fazer diagnóstico diferencial para outras doenças com sintomas semelhantes, como doenças infecciosas, imunomediadas ou endócrinas.


Nem sempre as leucemias crônicas precisam ser tratadas, pois apresentam um curso lento e com poucos sintomas.


Quando os pacientes apresentam sintomas ou alterações mais evidentes nos exames, é indicado o tratamento com quimioterapia. “O prognóstico é melhor em relação às leucemias agudas. A sobrevida pode chegar a dois ou três anos em cães. Em gatos existem poucas informações sobre prognóstico, podendo chegar a um ano”, completa.

 

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