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CRMV-RS integra comitiva gaúcha em evento histórico que reconhece Brasil livre de febre aftosa sem vacinação
29/05/2025

O Brasil foi oficialmente reconhecido como país livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida nesta quinta-feira (29) pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), durante a 92ª Sessão Geral da entidade, realizada em Paris, com a presença de delegações de mais de 180 países. O reconhecimento representa uma vitória histórica da Medicina Veterinária brasileira e abre novos mercados internacionais para a carne bovina nacional, como Japão e Coreia do Sul, que exigem alto padrão sanitário.


O Rio Grande do Sul está representado na comitiva brasileira pelo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado (CRMV-RS), Mauro Moreira. A delegação oficial é composta por autoridades do setor, como o vice-presidente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura e presidente da Farsul, Gedeão Pereira, a senadora Tereza Cristina, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária. O evento internacional também sedia debates sobre estratégias globais para o controle de doenças, bem-estar animal e saúde única.


A conquista é resultado de mais de 40 anos de esforços coordenados por médicos-veterinários em parceria com o setor público e privado. Desde os últimos focos da doença nos anos 1990, campanhas de vacinação, vigilância ativa, controle rigoroso e atuação técnica consistente asseguraram a solidez do sistema sanitário brasileiro.


Para o presidente do CRMV-RS, Mauro Moreira, o reconhecimento da OMSA não apenas chancela o trabalho técnico da Medicina Veterinária, mas também reforça o papel estratégico desses profissionais na segurança alimentar, na defesa agropecuária e no desenvolvimento econômico sustentável. “É uma honra representar o Rio Grande do Sul neste momento tão importante para o Brasil. Essa certificação é resultado de um trabalho silencioso, técnico e comprometido, que merece ser reconhecido. A Medicina Veterinária é a base desse avanço”, destacou.


O novo status sanitário coloca o Brasil em posição privilegiada no comércio internacional, com expectativa de valorização da arroba, ampliação da competitividade e crescimento da renda dos produtores. O feito também reafirma o compromisso do país com padrões internacionais de saúde animal, fortalecendo sua imagem como potência agropecuária global.