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CRMV-RS lança campanha sobre maus-tratos
14/04/2021

Para marcar o mês de prevenção à crueldade animal, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) lança a campanha "Abril Laranja: Uma conversa sobre maus-tratos." “A ideia é conscientizar os tutores sobre situações aparentemente inofensivas, mas que podem causar sofrimento aos animais”, explica Lisandra Dornelles, presidente do CRMV-RS. A campanha será apresentada em três etapas. A primeira aborda atitudes muitas vezes corriqueiras de tutores com seus cães, e as consequências que elas representam.

 

Na próxima semana, será a vez de esclarecer os erros mais comuns em relação aos gatos, que também ficam suscetíveis a determinadas circunstâncias rotineiras sem que o tutor se dê conta. Na última semana de abril, a campanha "Abril Laranja: uma conversa sobre maus-tratos", falará sobre ações prejudiciais praticadas com animais silvestres e de produção - aqueles que podem nos dar alimentos e produtos -  carne, leite, ovo, mel, lã e couro, por exemplo -, ou auxiliar com serviços, caso do cavalo.

 

As peças ficam disponíveis para download gratuito no site do CRMV-RS, no link https://www.crmvrs.gov.br/campanhas.php, com versões para imprimir e usar nas redes sociais. Neste link também é possível acessar todas as campanhas institucionais realizadas pelo Conselho.

 

Uma forma de verificar se algumas das atitudes adotadas na rotina dos animais – sejam eles pets, silvestres ou de produção – é verificar se elas desrespeitam qualquer uma das Cinco Liberdades usadas para diagnosticar o bem-estar animal, publicadas pela  Farm Animal Welfare Council em 1979:

 

1 - A liberdade nutricional leva em conta se o animal tem acesso a comida e água na quantidade, qualidade e frequência ideais. Caso o animal não tem uma dieta adequada e hidratação apropriada, pode haver desequilíbrio nutricional, gerando obesidade, por exemplo.

 

2 - A liberdade de dor e doença fala das questões de saúde física. No caso dos animais de companhia, pode haver maior risco de transmissão de doenças entre animais e humanos. As vacinações devem estar sempre em dia, segundo a Cebea, para que o bem-estar único, ou seja, o bem-estar dos animais e seres humanos levando em conta o cuidado com o meio ambiente, seja promovido.

 

3 - O animal também deve estar livre de desconforto, em um ambiente com abrigo, com temperaturas confortáveis para a espécie e superfícies adequadas para proporcionar conforto. Animais selvagens colocados em recintos pequenos, como gaiolas, por exemplo, não estão exercendo essa liberdade. 

 

4 - A expressão do comportamento natural da espécie deve ser sempre considerada para medir a qualidade de vida e bem-estar do animal. É preciso um espaço que não restrinja os comportamentos do animal, por isso é importante estimular os animais com tarefas e objetos que permitam seus comportamentos naturais. Quando o animal não consegue fazer isso, podem aparecer comportamentos anormais, como andar repetitivamente.

 

5 - A liberdade de medo e de estresse diz que os animais devem ser livres de sentimentos negativos, para evitar que sofram. Um exemplo é quando há incompatibilidade entre animais domésticos, em que a família introduz um novo animal na casa, caso em que é importante a orientação de um médico veterinário.

 

Nesta primeira etapa, a campanha aborda a relação dos tutores com os cães, que são os animais de companhia em maior número no Brasil. “Atos simples, como o de passear, representam um grande perigo se não forem adotados os cuidados necessários, levando o pet até mesmo à morte em caso de hipertermia, por exemplo. “Sair com o cão em dias muito quentes provoca queimadura nas patas e desidratação, mas pode ir além e causar hipertermia, que é o aumento abrupto da temperatura corporal que leva o animal à morte” adverte Luelyn Jockmann, coordenadora da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-RS.


Além dos atos impensados que provocam maus-tratos, há, claro, aqueles que são deliberados e que precisam ser denunciados. O abandono, por exemplo, é um dos atos mais cruéis, pois os animais abandonados estão sempre a mercê de maus-tratos, de doenças contagiosas, e sofrem com falta de comida e de água. 

 

Na próxima semana, acompanhe as dicas que a campanha "Abril Laranja: uma conversa sobre maus-tratos" preparou sobre gatos.





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