A última Sessão Plenária Ordinária de número 346 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em Brasília, trouxe o debate de pontos importantes para a profissão. Entre eles, a articulação junto ao Ministério da Saúde para alterar o Ofício Circular 57/2021/SVS/MS. O documento não inclui na prioridade de vacinação os médicos veterinários "ligados a estabelecimentos de saúde animal", o que dificultou a imunização em vários estados e descumpriu o que diz o Plano Nacional de Imunização (PNI).

Outro aspecto importante apresentado na discussão foi a aprovação do PL 1343/2021, proposto pelo senador Wellington Fagundes, para que megalaboratórios veterinários possam produzir, temporariamente, em regime de dedicação exclusiva, em torno de 400 milhões de doses da vacina contra o coronavírus. Em relação a isso, o CFMV pontuou que irá solicitar uma audiência com o diretor-presidente da ANVISA, Antônio Barra Torres, para que o médico veterinário seja incluído em todo o processo de fabricação.

Além disso, o CFMV afirmou que pretende criar um Grupo de Trabalho para tratar da telemedicina veterinária, solicitando manifestação também aos Conselhos Regionais sobre o tema.

Após aprovação por unanimidade na reunião pelos diretores e conselheiros, os médicos veterinários poderão contar com mais uma especialidade: a Medicina Veterinária do Coletivo. O Instituto de Medicina Veterinária do Coletivo (MVC/ITEC) foi aprovado pelo CFMV para a realização das provas de futuros especialistas que serão homologados pelo Conselho Federal. A nova resolução será publicada em breve no Diário Oficial da União (DOU).