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Campanha de Junho Vermelho do CRMV-RS estimula doação de sangue de animais
15/06/2021

O Junho Vermelho é marcado como o mês de conscientização sobre a importância da doação de sangue, tanto na medicina humana quanto na veterinária. Em função disso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) lançou a campanha “Lembra aquele dia em que você salvou minha vida? Doando sangue eu também posso!”. O objetivo é fazer com que cada vez mais pessoas se sensibilizem sobre a importância de tornar o seu cão ou gato um doador. “Doar sangue é um ato de empatia e solidariedade que ajuda a salvar a vida de muitos animais.

 

Cada vez mais, cães e gatos são considerados membros da família: imagina a dor de um tutor ao saber que pode perder um pet por falta de um doador de sangue para transfusão? Por isso, doar sangue também é um ato de amor ao próximo e ao seu pet”, afirma a presidente do CRMV-RS, Lisandra Dornelles. 

 

Assim como na medicina humana, a falta de sangue nos bancos veterinários é frequente, por isso é importante um engajamento constante dos tutores, para que seja possível manter os bancos sempre com estoque disponível. Em muitos casos, a condição de saúde de um animal que precisa de transfusão não permite que ele espere muito e precise de sangue com urgência, como no caso dos traumas e atropelamentos em que ocorrem sangramentos intensos que levam à anemia. 

 

A médica veterinária Camila Serina Lasta diz que o baixo engajamento dos tutores se deve, em grande parte, à falta de conhecimento sobre a doação de sangue entre pets. “Muitas pessoas, só descobrem que os animais são doadores quando um pet seu necessita de sangue. E é devastador ter um membro da família que pode morrer se não receber sangue ou seus componentes e pior é saber que só dependeria da boa-vontade das outras pessoas”.

 

Para serem doadores, cães e gatos devem atender alguns requisitos: em ambos os casos devem ter idade entre um e oito anos, serem clinicamente saudáveis, vacinados, livres de pulgas, carrapatos e verminoses, dóceis e acostumados à manipulação. No caso dos gatos, não podem ter acesso à rua e não podem habitar em locais que tenham recentemente adotado outro gato. Em relação aos pesos: gatos deve ter acima de 4,5Kg e cães acima de 25kg, sendo 28kg o peso ideal. Conforme a médica veterinária Luciana Lacerda, o mais indicado é que o animal tenha acima de 28kg para que seja possível utilizar bolsas coletoras usadas na medicina humana, sem a necessidade de adaptação. Essa faixa de peso permite que a bolsa seja preenchida de forma correta, sem excesso de anticoagulante, para que o doador fique dentro do intervalo de segurança para o volume colhido. Aceitar a coleta de menores volumes pode facilitar o uso de insumos não aprovados e provocar danos nos receptores (pacientes que recebem a doação do sangue), além disso o processamento de hemocomponentes  (resultado do fracionamento do sangue coletado) em bolsas menores é mais difícil e não padronizado. 

 

A doação é feita em dois momentos: primeiro é realizada uma avaliação física do doador e é coletado sangue para testes laboratoriais, e só depois de confirmado que o animal está apto a doar, é feita a coleta do sangue para doação. No caso do cão, ele é deitado de lado e tem a veia jugular acessada com uma agulha especial para coleta de sangue. “Eles toleram muito bem o procedimento, que dura em torno de dez minutos”, explica Camila. No caso dos gatos, é preciso fazer contenção química, que garante uma melhor experiência e segurança para o felino e para a equipe. Na espécie felina, o procedimento leva em torno de cinco minutos.  Em ambos os casos, os casos os animais devem ser monitorados o tempo todo. 

 

Entre as principais doenças que demandam transfusão de sangue estão hemofilia, doenças hepáticas graves, neoplasias, doenças transmitidas por carrapatos como Babesiose e Erlichiose, Leishmaniose nos cães, inflamações ou infecções graves e FELV, em gatos. Situações como traumas e atropelamentos ou a programação de cirurgias invasivas, onde haverá perda sanguínea também são exemplos de situações em que as transfusões são necessárias. 

 

Além de salvar vidas, o doador conta com uma série de vantagens como um check-up gratuito feito pelo banco de sangue que inclui consulta veterinária, exames como hemograma completo e bioquímicos para avaliar função renal e hepática, triagem infecciosa para identificar doenças que podem ser transmitidas pelo sangue como Babesiose, Erliquiose, Leishmaniose, Micoplasmose, FIV e FELV.

 

As peças ficam disponíveis para download no site do CRMV-RS, no link crmvrs.gov.br/campanha..., com versões para imprimir e usar nas redes sociais. Nesse link, também é possível acessar todas as campanhas institucionais realizadas pelo Conselho





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