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CRMV-RS traz dicas para cuidar dos pets durante a quarentena
27/03/2020

A recomendação das autoridades mundiais de saúde é clara: o momento exige que se fique em casa para combater o avanço da pandemia do novo coronavírus. Não são apenas as pessoas que sentem a mudança da rotina. Ela afeta também aos pets, principalmente os cães que tem o hábito de passeios diários na rua para se exercitarem. Os gatos também sentem, mas de uma forma diferente, que é a de conviver muito mais tempo com seus tutores.

“É preciso sempre garantir o bem-estar dos animais, mas, neste momento, eles necessitam de uma atenção especial”, orienta a presidente do CRMV-RS, Lisandra Dornelles.

Para auxiliar nos cuidados com a saúde física e comportamental dos mascotes, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) ouviu especialistas. Confira!

Saídas rápidas e higiene

A primeira recomendação é que os cachorros façam saídas curtas apenas para as necessidades fisiológicas, o que é fundamental e deve continuar. “Se privado de idas à rua, o risco de eventual Infecção urinária pode aumentar, e acidentes domésticos como incontinência urinária ou eliminação inapropriada podem ocorrer”, explica Alan Gomes Pöppl, doutor em Ciências Veterinárias e vice-presidente da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária.

Os cuidados necessários para essa breve caminhada começam por uma prática que deve se tornar comum em qualquer momento, a de carregar o álcool em gel. Afinal, a finalidade de reduzir o tempo na rua é justamente evitar aglomerações e manter o distanciamento social para preservar a saúde do tutor, pois até o momento não há relato de que os animais não se contaminam nem transmitem o novo coronavírus a humanos.

Embora ainda não haja comprovação científica, existe o temor de que os cães, ao saírem na rua e terem contato com ambientes ou pessoas contaminadas, possam funcionar como uma espécie de superfície de contaminação, levando o vírus para dentro de casa. “Mesmo que não tenhamos estudos a esse respeito, o excesso de zelo não é problema”, diz Pöppl.

Uma cautela importante é não deixar ninguém fazer carinho ou tocar o seu cachorro. “Caso a situação seja inevitável e alguém encostar ou espirrar no pet, um bom banho com água e o xampu são suficientes”, indica a médica veterinária clínica geral especialista em comportamento de cães e gatos Luelyn Jockyman, integrante da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-RS.

A limpeza das patinhas pode ser feita a cada retorno para casa, como forma de prevenção, com o uso de água e sabão. A médica veterinária Cristiane dos Reis Ritter, coordenadora da Comissão de Ética e Legislação do CRMV-RS, lembra que é possível ir para a rua já com precaução com o uso de sapatinhos. “Outra alternativa é colocar filme plástico nas patas, cuidando muito para que não fique apertado e corte a circulação”, ensina.

Caso a opção seja o álcool em gel, a atenção precisa ser redobrada. “O produto não pode ter perfume e só se deve soltar o animal depois que ele estiver seco, pois ele pode lamber o local e causar outro tipo de problema”, frisa Cristiane, explicando que o processo deve ser finalizado com a hidratação das almofadinhas com óleo de coco para evitar o ressecamento que predispõe a dermatites. O tutor também deve fazer o mesmo quando voltar para a residência, lavando as mãos com água e sabão logo após higienizar o pet.

Na próxima edição da série, confira as dicas de atividades físicas em casa.





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