O Rio Grande do Sul obteve nesta terça-feira (11) o reconhecimento de zona livre sem vacinação para a febre aftosa, é o que declara a Instrução Normativa (IN) de número 52 assinada pela Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (imagem). A mudança passará a valer em 1 de setembro e deverá ser publicada nesta quarta-feira (12) no Diário Oficial da União. Junto com o Rio Grande do Sul, outros estados como Acré, Paraná e Rondônia, também conquistaram o reconhecimento.

De acordo com a nota publicada pela Secretaria de Agricultura do Estado, o feito é uma conquista histórica que permitirá que os pecuaristas acessem novos mercados, como Japão, Estados Unidos e Coréia do Sul. A partir do reconhecimento pelo Ministério, a Secretaria comunica a mudança para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concede a certificação da evolução do status sanitário. O ano de 2020 será o último ano com a exigência da vacinação.

A busca pela retirada da obrigatoriedade da vacina da febre aftosa já era uma pauta das entidades ligadas ao tema há algum tempo. Em julho do ano passado, o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS) foi convidado a participar de uma Audiência Pública para tratar do assunto. Na ocasião, a presidente do Conselho, Lisandra Dornelles, destacou a importância do Serviço Veterinário Oficial ter condições garantidas de trabalho para que atuem com excelência com a retirada da vacina.

Para ela, esse reconhecimento é um avanço, pois abrirá portas para o mercado da pecuária e também irá gerar mais oportunidades para os médicos veterinários. Além disso, os profissionais que antes se dedicavam para o monitoramento da vacinação, ganham mais tempo para intensificarem outras ações, como as fiscalizações à campo. "Este status é resultado de um trabalho eficiente e essencial da nossa Defesa Agropecuária", concluiu a presidente.