O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), Mauro Moreira, concedeu entrevista nesta terça-feira (11) à rádio Vang, do município de Marau. Na ocasião, o presidente destacou os trabalhos que vêm sendo realizados pelo CRMV-RS diante da catástrofe climática que atingiu o Estado em maio e detalhou o que o Conselho pretende realizar futuramente.
 

Mauro Moreira ressaltou, ao longo da entrevista, as ações do CRMV-RS para auxiliar os abrigos gaúchos de acolhimento de animais resgatados nas enchentes, a partir da destinação de insumos recebidos de doações e da mobilização de médicos-veterinários voluntários. O presidente agradeceu os donativos enviados para o Conselho e o suporte dos demais estados brasileiros para com o Rio Grande do Sul.
 

Sobre as próximas ações a serem realizadas pelo CRMV-RS, o presidente destacou o início das castrações de animais em abrigos a partir deste mês de junho. Ele explicou que os processos de esterilização ainda não foram iniciados pois era necessário esperar prazos definidos pelas prefeituras para que os tutores pudessem resgatar seus pets. "O animal, quando é resgatado, ele ainda pertence alguém. Então, para fazer a castração, é necessário um prazo para aparecer os donos desses animais. Passando do prazo, as prefeituras assumem a responsabilidade e têm a autorização para realizar a castração", detalhou o presidente.
 

Além disso, Mauro Moreira citou o trabalho do Conselho para o controle de zoonoses, a ser realizado de forma conjunta com os demais órgãos estatais responsáveis pelas questões sanitárias. O presidente explicou que o crescimento de doenças transmitidas entre humanos e animais é uma tendência após desastres como este que atingiu o Estado, e que em alguns locais já é possível observar casos de leptospirose, esporotricose e leishimaniose, entre outras zoonoses.